"... dou conta (...) que não podemos vencer esta batalha para salvar espécies e ambientes sem criarmos um laço afetivo com a natureza, pois não lutaremos por salvar aquilo que não amamos (mas só apreciamos de um modo abstrato)"

Stephen Jay Gould, 1993



Primeiras sessões

As primeiras sessões tiveram início em novembro, após o processo de candidatura e de seleção dos vinte e um elementos. Estes foram, como é hábito, divididos em três equipas. No presente ano os participantes são provenientes de cinco turmas, todas do quinto ano.

Cada equipa iniciou as atividades na escola. Todos ficaram inteirados dos desafios que os esperam, do material necessário, caderno de campo, lápis e borracha, e de alguns conselhos práticos nomeadamente acerca da roupa e do calçado. No final, as equipas dividiram-se entre o espaço aberto da escola ou o início da trilha para iniciarem a aprendizagem da utilização de binóculos (de acordo com as condições atmosféricas).

A articulação existente nos binóculos permite adequá-los à distância entre olhos de cada um.
Uma das oculares dos binóculos é móvel. Ao rodá-la, conseguimos compensar algum diferencial de visão que possa existir entre os dois olhos. Antes de iniciarmos as observações devemos sempre acertar esta compensação de acordo com as nossas características.  
O parafuso superior permite focar a imagem (torná-la nítida). Os nossos dedos devem estar constantemente ocupados em rodar este parafuso de forma a conseguirmos realizar boas observações. 
Quando as condições atmosféricas não foram favoráveis, as equipas iniciaram a aprendizagem do trabalho de campo no espaço aberto da escola.

Esta primeira fase proporcionou aos elementos do clube o conhecimento da  região envolvente da Trilha da Serra de Canelas, espaço onde desenvolvemos o nosso trabalho. Foi também essencial ao desenvolvimento da capacidade de observação, da autoconfiança e da aprendizagem do "saber estar em trabalho de campo".
Gradualmente os participantes foram desenvolvendo competências no âmbito da observação.
Exploração de um troço da Trilha.
A Viela do Curro é uma visita obrigatória todos os anos...
... assim como a Escultura de Homenagem ao Pedreiro realizada por Margarida Santos, antiga professora da nossa escola.