"... dou conta (...) que não podemos vencer esta batalha para salvar espécies e ambientes sem criarmos um laço afetivo com a natureza, pois não lutaremos por salvar aquilo que não amamos (mas só apreciamos de um modo abstrato)"

Stephen Jay Gould, 1993



Melro-preto

Uma das primeiras espécies a ser observada pelos elementos das três equipas do clube foi o melro-preto (Turdus merula). É fácil avistarmos estas belas aves alimentando-se no chão ou pousadas em pequenos arbustos ou silvados logo no início da Trilha.

Observação de melros-pretos alimentando-se no chão.

Melro-preto (Turdus merula). Macho adulto.

A identificação dos machos é muito fácil, nem é necessário o auxílio do guia de campo: ave preta de tamanho médio e bico alaranjado, não dá para confundir! Já as fêmeas e os juvenis, com a sua cor acastanhada e bico escuro, são mais difíceis de identificar.

Já nos habituamos a reconhecer os seus sinais característicos de aviso de perigo que ouvimos muitas vezes quando percorremos a parte da Trilha que atravessa campos abertos. Queres relembrar como é? Então clica aqui.

Os melros são aves geralmente apreciadas pelas pessoas por causa do seu canto, um dos mais belos que se podem ouvir nesta região do país. É devido a esta característica que infelizmente alguns vão parar a gaiolas!...
Podes ouvir aqui o seu canto inconfundível.



Bilhete de identidade do melro-preto:

Nome científico: Turdus merula

Filo: cordados

Classe: aves

Comprimento: 24 - 27 cm;

Habitat: Pequenos bosques, jardins, prados húmidos com silvados e arbustos.

Dimorfismo sexual: o macho adulto é preto e tem o bico amarelo alaranjado; a fêmea é de cor acastanhada tal como o bico.

Alimentação: insetos, vermes e bagas.

Tipo de ocorrência: espécie residente

Frequência: muito frequente


Primeiras saídas de campo...

As primeiras sessões do clube serviram para os novos elementos aprenderem algumas metodologias do trabalho de campo:


a) Utilização correta dos binóculos;

Aprendizagem da técnica de utilização dos binóculos. 


b) Aprendizagem do "saber estar" no campo - em silêncio, com auto-confiança e sem receios,  e sempre com os sentidos bem atentos;

Exploração de percursos.

As saídas de campo implicam alguma destreza na superação de obstáculos (inclinações do terreno, vegetação fechada,...). 


c) Desenvolvimento das técnicas e da capacidade de observação;

A prospeção de aves deve ser inicialmente realizada a olho nu. Só depois de as localizarmos é que devemos utilizar os binóculos para realizarmos uma observação cuidada e podermos identificá-las.    


c) Utilização de guias de campo para identificação estudo da biologia das espécies;
Os guias de identificação são essenciais em trabalhos de pesquisa no campo.




Com o tempo e a prática os nossos participantes não tardarão muito a tornarem-se uns VERDADEIROS NATURALISTAS!




Seleção dos candidatos

O Clube de Ciências da Natureza é muito popular na Escola. Quando abrem as inscrições há sempre muitos alunos interessados em participar mas...
Só há vinte e quatro lugares!

E porquê? Estes vinte e quatro participantes são distribuídos em equipas de oito elementos. O trabalho envolve apenas uma equipa de cada vez, só assim é possível realizarmos atividades de campo com um mínimo de concentração e de envolvimento de todos os participantes.

Sendo assim, há que fazer uma seleção dos candidatos. A candidatura consiste na realização de um trabalho que pode ser apresentado da forma que os alunos acharem mais conveniente: um desenho, uma composição, colagens ou banda desenhada.

Uma vez selecionados os vinte e quatro melhores trabalhos ficam definidos os participantes do clube no respetivo ano letivo.

Exemplo de trabalho selecionado no ano letivo de 2011/12

Ano letivo 2011/12

Novo ano, nova edição do clube. A aventura continua...