"... dou conta (...) que não podemos vencer esta batalha para salvar espécies e ambientes sem criarmos um laço afetivo com a natureza, pois não lutaremos por salvar aquilo que não amamos (mas só apreciamos de um modo abstrato)"

Stephen Jay Gould, 1993



De regresso à escola...

Após várias sessões realizadas no campo, as equipas permaneceram na escola a fim de atualizarem os seus cadernos de campo. Este trabalho, já explicado em edições anteriores, implica a pesquisa de informações em guias de campo e a utilização de imagens representativas das espécies observadas...
Consulta de um guia de campo de aves para obtenção de informações sobre a biologia do peneireiro-vulgar.
Fase de registo das informações obtidas sobre a rola-turca.
Todo  trabalho é feito em equipa. Cada elemento fica encarregado de realizar a pesquisa sobre uma espécie e transmite aos restantes elementos as informações obtidas.
Registo no quadro do nome vulgar e do nome científico da espécie pesquisada  para que os restantes elementos os possam copiar sem erros ortográficos.
Partilha de informações  com os restantes elementos da equipa.
Registo das informações no caderno de campo.

Imagem do caderno de campo de um dos elementos do clube.

As aves observadas...

Tradicionalmente o estudo das aves ocupa no clube uma parte significativa do nosso esforço. Estes animais provocam sempre enorme fascínio a partir do momento em que os observamos através de binóculos e nos apercebemos na riqueza de cores, formas e comportamentos. Além disso estão presentes na região ao longo do ano contrariamente a outros animais, como répteis, anfíbios ou insetos que não se obervam na época mais frio do ano porque estão a hibernar ou simplesmente morreram e os seus ovos só vão eclodir quando surgir de novo o calor.

Elementos do clube em ação. 


Até ao momento temos já uma lista de observações bastante interessante:

- Cartaxo-comum (Saxicola rubicola)
- Bico-de-lacre (Estrilda astrild)
- Melro-preto (Turdus merula)
- Felosinha (Phylloscopus collybita)
- Alvéola-branca (Motacilla alba)
- Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis)
- Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula)
- Pombo-torcaz (Columba palumbus)
- Carriça (Troglodytes troglodytes)
- Rola-turca (Streptopelia decaocto)
- Chapim-rabilongo (Aegithalos caudatus)
- Chapim-real (Parus major)
- Ferreirinha (Prunella modularis)
- Pardal-comum (Passer domesticus)
- Toutinegra-de-barrete-preto (Sylvia atricapilla)
- Gaivota-de-asa-escura (Larus fuscus)
- Serzino (Serinus serinus)

Bico-de-lacre (Estrilda astrild).


Para além destas espécies, a maioria já observada pelos elementos das três equipas, avistámos em alguns momentos magníficas AVES DE RAPINA: peneireiros (Falco tinnunculus) , gaviões (Accipiter nisus) e águias-de-asa-redonda (Buteo buteo),  espécies já observadas em anos anteriores. Numa das saídas pudemos assistir a um curioso bailado entre 5 águias-de-asa-redonda sobre a Serra de Canelas. Foi um momento verdadeiramente único na vida do clube!

Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo).



Primeiras saídas

Após um breve arranque na escola, os elementos do clube puderam dar início ao contacto direto com o mundo natural. Foi o tempo para aprenderem algumas metodologias do trabalho de campo e de adquirirem uma atitude atenta, concentrada e silenciosa.

A aprendizagem da utilização correta de binóculos é uma das primeiras lições adquiridas no clube. É um trabalho que exige alguma prática. É importante que os jovens naturalistas adquiram rapidamente esta competência, uma vez que se pretende fazer um estudo o mais possível alongado no tempo sobre as espécies de aves que ocupam o território da Serra de Canelas.

Depois de observarem objetos estáticos a diferentes distâncias, os elementos do clube iniciaram o treino de observação de aves, alvos móveis e de pequena dimensão que exigem alguma destreza e concentração.


Fase de aprendizagem da utilização de binóculos.

Com o tempo, os elementos do clube adquirem uma atitude mais atenta e concentrada sobre o que os rodeia. Vão, também, ficando mais confiantes, uma vez que este tipo de ambiente é novo para a grande maioria.
Exploração de uma mata próxima da Ribeira de Canelas.
Esta primeira fase proporcionou às diversas equipas o conhecimento da região envolvente da Trilha da Serra de Canelas. Alguns aspetos do património natural, nomeadamente algumas espécies de árvores e de arbustos nativos, e do património construído, como por exemplo a escultura de homenagem ao pedreiro que se encontra no lugar do Curro, ocuparam algum do nosso tempo.

A passagem pela Viela do Curro é sempre um momento divertido principalmente para os participantes que nunca ali estiveram.
Encontro com a escultura Monumento ao Pedreiro, da autoria de Margarida Santos.

Edição 2017/18

Nova edição do clube. Mais um grupo de jovens naturalistas vai iniciar a fantástica experiência de realizar trabalhos de pesquisa sobre o mundo natural vivendo-o por dentro.


Como já vem sendo habitual, houve muitos alunos candidatos. No fim, foram selecionados vinte e um provenientes de sete diferentes turmas. Estes foram divididos em três equipas de sete elementos.

Exemplo de trabalho selecionado.