"... dou conta (...) que não podemos vencer esta batalha para salvar espécies e ambientes sem criarmos um laço afetivo com a natureza, pois não lutaremos por salvar aquilo que não amamos (mas só apreciamos de um modo abstrato)"

Stephen Jay Gould, 1993



Aves de rapina

As aves de rapina possuem certas características que as distinguem das restantes aves: são canívoras, têm garras fortes, bico curvo e uma visão excecional. Há espécies de aves de rapina de hábitos diurnos, como as águias, os abutres ou os falcões, mas também de hábitos noturnos, como as corujas ou os mochos.

Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo). Esta é a ave de rapina mais comum na região da Trilha de Canelas. 
























Este ano letivo parece ser o "ano das rapinas", nunca se tinham visto tantas na região da trilha. Foram estas as observações já realizadas:

18/11/2015 - Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo).
02/12/2015 - Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus).
09/12/2015 - Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo).
13/01/2016 - Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) (dois indivíduos a interagirem).
20/01/2016 - Gavião (Accipiter nisus); peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus).
27/01/2016 - Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) (dois indivíduos); peneireiro-vulgar
                      (Falco tinnunculus).



O peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) é uma ave de rapina de pequeno tamanho que será descrita em pormenor mais adiante. Deve o seu nome ao típico bater de asas enquanto se mantém parado no ar observando alguma presa no solo.




O gavião (Accipiter nisus) é uma ave de rapina cujo habitat é a floresta. Alimenta-se principalmente de pequenas aves.




A águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) é a maior das aves de rapina observadas. É comum ver estas aves planando lentamente em círculos, vigiando atentamente o solo para encontrar alguma presa, um rato, uma cobra, um lagarto ou outro pequeno animal. Por vezes alimenta-se de outras aves mas não é suficientemente rápida para as capturar em voo como fazem alguns falcões.




A observação de aves de rapina causa sempre entusiasmo nos grupos, aves pouco comuns, de tamanho grande e que geralmente se deixam observar com facilidade.


Elementos do clube em trabalho de campo.
Acompanhamento do voo planado de uma águia-de-asa-redonda.

Primeiras saídas

As primeiras saídas levaram os elementos das várias equipas ao contacto direto com o campo depois de uma sessão inicial de apresentação geral do clube na escola. O objetivo principal destas saídas foi precisamente a iniciação ao trabalho de campo o qual implica atenção e silêncio nos grupos, de outra forma é inviável a observação de animais selvagens em liberdade.

Ao longo das primeiras saídas os elementos das equipas tomaram contacto com a Trilha de Canelas onde se desenvolvem todas as atividades de pesquisa sobre o meio natural envolvente.

Outro dos objetivos principais destas saídas consistiu na aprendizagem da correta utilização de binóculos. É necessário algum treino para se conseguir observar convenientemente aves em liberdade.

Sessão de aprendizagem da utilização de binóculos: observação de alvos em movimento (bando de pombas domésticas).

Focagens a diferentes distâncias.

Primeiras observações realizadas pelos elementos de uma das equipas.
Sessão de treino de focagem de alvos a diferentes distâncias.  


Estas primeiras saídas permitiram ainda aos elementos do clube ir conhecendo a região envolvente da Trilha de Canelas, espaço onde decorrem todas as atividades do clube.

Troço florestal da Trilha.

Regresso à Escola após mais uma saída ao campo. 

Viela do Curro. É sempre com surpresa e agrado que os elementos do clube tomam contacto com esta passagem tão apertada.

O percurso da Trilha durante o inverno é por vezes um tanto radical!